segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aberje coloca em debate as mídias sociais

No próximo dia 15 de abril, Wagner Martins, sócio diretor da agência Espalhe Marketing de Guerrilha, participa de painel sobre mídias sociais na 10ª Mix Aberje de Comunicação Interna e Integrada. Autor do blog Cocadaboa.com e dono do perfil @mrmanson, Wagner falará sobre o fenômeno das mídias sociais como estratégia corporativa de grandes marcas, e como tem sido feita a mensuração de resultados nesta nova forma de comunicação com consumidores. Formado em economia, Wagner mostrará como foi o ingresso na área publicitária chegando ao posto de diretor da agência Espalhe, referência em ações de guerrilha e estratégias em mídias sociais.
O evento é realizado pela Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, voltado para diretores, gerentes e analistas de comunicação que atuam nas principais empresas, agências de comunicação e mídias, além de alunos de universidades locais.

Serviço:

Local: Centro de Convenções Rebouças, São Paulo/SP.
Dia / Horário: 15 de abril, das 9 às 18 horas
Inscrições: www.aberje.com.br/eventos/2010/10mix

Fonte: ADNews

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Como ver os seguidores em comum no Twitter

Ttwtrfrnd  é uma excelente ferramenta para ver quais seguidores (followed) que você e qualquer outro usuário do Twitter têm em comum. E faz mais, ele também diz as pessoas que ambos seguem (following).

Isso me auxiliou pelo fato de ter outras contas. Na conta pessoal é só amigos locais, então a ferramenta faz a diferença.

Como é de costume, apresento outra alternativa, caso uma deixe de funcionar, o post continua valendo. O whofollowswhom  faz a mesma coisa, porém pode-se consultar mais pessoas, ou seja, poderá ver os seguidores que 5 pessoas tem em comum

Fonte: http://www.planetatwitter.com

AddATweet: Comente em qualquer site com sua conta no Twitter

addatweet comentários em qualquer site com a 
conta do twitter
AddATweet é uma aplicação para comentar em qualquer site que desejar, usando sua conta no Twitter.


Você irá precisar instalar o plugin para o Mozilla Firefox  para utilizar as funcionalidades que o AddATweet tem para lhe oferecer. Depois de ter instalado o plugin, tudo que você precisa fazer é navegar na web como desejar e clicar no ícone AddATweet no canto direito de seu Firefox, quando você quiser deixar um comentário em qualquer site. Abrirá esta coluna do lado esquerdo onde há a caixa de comentários, os twitteiros e seus comentários.

Sempre que alguem, que tenha esse aplicativo, visitar o site poderá visualizar os comentários deixados por você e outros. Todos os comentários podem ser respondido  (os replies somente no aplicativo mas tem opção para twitar o mesmo.) retwitado, denuciado por spam e respondido  somente no Twitter.

A AddATweet tem como missão fazer com que todas as páginas na Internet sejam comentadas.


Hoje, diversos sistemas de websites não têm a capacidade de falar uns com os outros. Os usuários normalmente colocam-se como anônimos ou tem que criar contas em cada um destes sites. Além disso, as vezes os comentários são moderados , impedindo as pessoas de expressar as suas opiniões, quando estão contra as do site. (Um exemplo são os sites da globo.)
Acreditamos que existe uma necessidade de um sistema global de comentários. Mais justo e livre.

Quer mudar o mundo? Dê apoio à liberdade de expressão, convidando seus amigos para AddATweet.
Veja se seu blog/site ja tem algum comentário, instale agora o plugin!

Fonte: http://www.planetatwitter.com

quarta-feira, 17 de março de 2010

Twitter prepara sistema de publicidade

Modelo deve estar associado às buscas feitas no próprio microblog.

O Twitter deve lançar nos próximos meses um modelo para veiculação de publicidade em seu site. Pela proposta que está em fase de elaboração, o sistema estaria associado ao mecanismo de busca do microblog, num projeto que guarda alguma semelhança com o AdSense,  do Google, segundo o The Wall Street Journal.

As mensagens publicitárias deverão seguir o estilo dos 140 caracteres do Twitter e inicialmente serão comercializadas para agências de publicidade, antes de passar para um sistema de auto-serviço. 

Ainda não se há notícias sobre preços, data de lançamento ou detalhes do projeto. A expectativa é de que a iniciativa seja lançada ainda no primeiro semestre.  

Geração de receitas
A tentativa de emplacar um modelo de publicidade se insere na estratégia maior do Twitter para criar fontes de receitas.  Quando esteve no Brasil, no ano passado, o cofundador do Twitter, Biz Stone, afirmou que a empresa pretendia lançar em 2010 um serviço pago destinado a empresas.

A intenção, segundo Stone, é proporcionar aos clientes corporativos que pagarem pelo serviço premium relatórios detalhados sobre hábitos de utilização e comportamento das pessoas no Twitter.
"Esse processo ainda está no começo", disse Biz Stone, à epoca.
"Sabemos que mensuração do sucesso das atividades no Twitter é fundamental. É importante para as empresas entenderem como é o comportamento do cliente dela no microblog: se a pessoa clicou ou não em um link, se repassou para alguém, como foi a reação diante de determinada mensagem."

Fonte: IDG NOW

segunda-feira, 15 de março de 2010

Facebook está indo para o Playstation 3

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Embora ainda não esteja disponível para todo mundo, a nova atualização da Dashboard Xbox LIVE traz integração com o Facebook, Twitter e Last.fm . Tentando atrapalhar os planos da Microsoft está a Sony, que aparentemente tem planos de adicionar sua própria integração com o facebook para o console Playstation 3.
O site Scrawlfx aparentemente encontrou alguns screenshots enterrados dentro do site da Sony na Europa mostrando uma espécie nativa da integração com o Facebook.
Infelizmente a Sony se recusa a comentar o vazamento das fotos e os rumores da integração com o Facebook. De todo modo as fotos vem de uma fonte legitima da Sony.
[via mashable]

terça-feira, 9 de março de 2010

Saiba como despistar os chatos da web

G1 elaborou um guia com dicas para evitar internautas inconvenientes.
Quanto mais o usuário se expõe na web, maiores as chances de ele ser importunado.

Ele chama no messenger mesmo quando você mostra que está ocupado. Pede várias vezes para você deixar um testemunho no Orkut dele. Cria comunidades virtuais e insiste na importância de sua adesão. Deixa comentários em seu blog com o único e exclusivo objetivo de divulgar a página pessoal dele. Conheça o típico chato da internet -- caso vocês ainda não tenham sido apresentados --, um sujeito que faz você questionar se sua existência virtual realmente vale a pena.

Teste: você é um chato da internet?

Assim como acontece no mundo off-line, não há como eliminar completamente pessoas com comportamento inadequado de sua vida on-line. Mas existem formas educadas de evitar e despistar esses internautas, para prevenir chateações que se tornam cada vez mais comuns com a popularização das redes sociais ( leia aqui as dicas para evitar os chatos ).

Foto: Leonardo Aragão/Arte G1
Assim como na vida real, web tem chatos de vários níveis: desde aquele que importuna só um pouco até o verdadeiro ‘mala sem alça’ da universo virtual. Faça o teste e descubra se você é chato. (Foto: Leonardo Aragão/Arte G1)

“É preciso assumir uma postura na internet e deixá-la clara, mostrando aos outros até onde eles podem ir”, ensina Erick Itakura, pesquisador do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI) da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Isso porque, explica, as ferramentas virtuais de comunicação podem passar a impressão de que seus usuários estão sempre disponíveis. Se você já foi importunado na web, sabe que essa abertura é um eficaz convite para a ação dos chatos.


Diga ‘não’
A jornalista especializada em etiqueta Claudia Matarazzo faz coro. Ela afirma que a internet é uma vitrine, onde as pessoas que mais se expõem são aquelas que ficam mais acessíveis. “A demanda da vida virtual é grande e muitas vezes fica impossível atendê-la. Por isso é importante saber dizer ‘não’, saber impor limites”, defende. Ou seja: assim como é importante negar pedidos inconvenientes na vida real, o mesmo deve ser feito na web.

A idéia, obviamente, não é xingar aquele conhecido só porque ele pediu pela décima vez para você escrever um testemunho. Nem difamar sua prima por causa das mensagens de “bom início de semana” ou “uma linda tarde de terça-feira” que ela coloca em sua página de recados. Mas, com educação, é possível negar as solicitações de internautas carentes -- principal característica dos chatos -- ou pedir para não receber recados enviados em massa (evite a palavra “spam”, que não é lá muito simpática).


Insistência
Um dos principais problemas das pessoas inconvenientes, no entanto, é a insistência. Por isso, é possível que ela mantenha seus irritantes hábitos virtuais, mesmo depois de você demonstrar insatisfação.

“O chato geralmente não respeita os limites. Esse comportamento ganha ainda mais força na internet, onde ele não encontra censuras externas, como olhares de reprovação”, explica Itakura, da PUC. “Pelo fato de a chatice estar ligada à carência e à insegurança, o chato vai sempre tentar chamar a atenção com o objetivo de saciar esse vazio emocional.” E dá-lhe pedidos para comentar o blog, entrar na comunidade, opinar sobre a foto, repassar para os amigos, acessar o link e escrever recados.

Maria Aparecida Araújo, consultora de comportamento social e profissional, reconhece que muitas vezes é necessário ser contundente (direto, categórico) com os chatos. “A iniciativa de se comunicar dessa maneira nunca deve ser sua, porque ela não gera simpatia. Mas se você deixou claro no messenger que está ocupado e a pessoa continua insistindo, é necessário passar o recado de forma mais dura”, exemplifica a especialista.



Confira algumas dicas para despistar os chatos da internet

- Quanto mais informações você divulga, mais disponível ficará. Se publicar na internet seu e-mail, por exemplo, qualquer pessoa ficará a vontade para lhe contatar.

- O status do messenger deve ser respeitado. Se você mostrar que está ocupado, tem todo direito de ignorar aquele colega que quer bater papo.

- Supere o medo de dizer “não”. Você não é obrigado a acrescentar um estranho no Orkut somente porque conversou com ele na fila do banco.

- Se não gostar, reclame. Não há problema em pedir, de forma educada, que seu amigo apague do fotolog aquela foto que lhe compromete.

- Dificulte o acesso de desconhecidos. Nas redes sociais, por exemplo, é possível receber recados somente escritos pelos amigos.

- Só divulgue um blog se gostar dele. Não é porque um blogueiro publicou o link de sua página que você precisa fazer o mesmo com o site dele.

- Não alimente o chato virtual. Quanto mais atenção você der e mais atender às suas demandas, mais ele vai lhe procurar.

Fonte: G1

domingo, 7 de março de 2010

Empresa demite jovem britânica por comentário negativo no Facebook

Kimberely Swann, 16, escreveu no site que seu trabalho era chato.
Para chefe, isso equivale a divulgar informação em quadro de avisos.


A britânica Kimberely Swann, de 16 anos, foi demitida após escrever no site de relaciomentos Facebook que seu emprego era chato. A jovem trabalhou por três semanas no escritório administrativo da empresa Ivell Marketing & Logistics, em Clacton (Essex), antes de ser demitida, diz o jornal “Daily Mail”.

De acordo com Kimberely, seus chefes lhe entregaram uma carta informando sobre a decisão.

“Por conta dos comentários feitos no Facebook sobre seu trabalho e a companhia, e considerando que você não está feliz e não gosta do que faz, achamos que seria melhor acabar imediatamente com sua contratação na Ivell Marketing & Logistics”, dizia o texto.

A jovem se defendeu, dizendo não ter escrito o nome da companhia no site. Ela admitiu, no entanto, ter afirmado que o trabalho era chato. “Eles foram intrometidos, conferindo tudo. Acho que [o que aconteceu] é muito triste, faz eles parecerem ridículos com essa atitude tão pequena”, continuou.

“Eu trabalhava num escritório administrativo. Claro que seria chato a princípio, mas eu sabia que se tornaria mais interessante com o tempo. Eu era feliz lá, apesar de eles dizerem que não.” Kimberely também disse não considerar a decisão justa e acreditar que não há mais nada a fazer.

Janette Swann, mãe de Kimberely, classificou a situação como repugnante. “A empresa nem a questionou, pedindo que se explicasse. Não é uma boa atitude olhar informações no Facebook e considerar algo que deveria ser pessoal. Isso não deveria ser permitido”, defendeu.
Chefe
Essa não é a opinião de Stephen Ivell, dono da empresa, que disse ter feito tudo como deveria. “É uma empresa pequena, com ambiente familiar, e é muito importante que todos os funcionários trabalhem juntos, em harmonia. Ela fez comentários sobre seu trabalho no Facebook e convidou outros colaboradores da companhia a lerem”, disse Ivell, segundo o “Daily Mail”.

Para o dono da companhia, essa atitude equivaleria a escrever os mesmos comentários em um quadro de avisos da empresa. Segundo ele, a manifestação de desrespeito e insatisfação abalou a relação da funcionária com a empresa, tornando-a insustentável.

Google, um pequeno empreendimento...



Um pequeno empreendimento

Nos anos 90, no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), havia um número notável de pequenos empreendimentos relacionados à internet – muitos criados em garagens por estudantes. A maioria sucumbiu ao chamado “estouro da bolha”, em 2000, quando o valor das ações das empresas de tecnologia despencou após registrarem lucros abaixo do esperado. Entre as poucas empreitadas que resistiram, estava o buscador Google, inventado por Larry Page e Sergey Brin em 1995, quando ambos tinham vinte e poucos anos e cursavam ciência da computação em Stanford. O primeiro nome da ferramenta foi BackRub, logo substituído por Google, uma brincadeira com a palavra “googol”, que, em matemática, designa o numeral representado pelo algarismo 1 seguido de cem zeros. Em 1998, o buscador já era o principal produto da Google Inc. e deixava a garagem onde o negócio começou a funcionar.
Larry e Sergey na sede de Mountain View, em 2000. (AP)

Fonte: VEJA.com

O número de 'Tweets" relacionados as marcas.


Twitter alcança a marca de 10 bilhões de mensagens
Na noite desta quinta-feira(04/março/2010), o Twitter alcançou a marca de 10 bilhões de mensagens em menos de quatro anos de “vida on-line”.  O número fora alcançado por uma jovem americana de Nova York. O que mais chama atenção deste volume impressionante de ‘tweets’, no caso, é o valor referente às citações de marcas.
Segundo Brand Republic, site especializado em mídia, 20% destas mensagens (2 bilhões de postagens) contêm referência a um produto, fato que reafirma a necessidade e presença corporativa em um ambiente social extremamente participativo.
Caso você queira acompanhar o fluxo de mensagens produzidas na rede de até 140 caracteres, confira o Gigatweet.
Foto: Applesinmybra.

FONTE: VEJA.com

quinta-feira, 4 de março de 2010

Redes sociais de nicho: elas sobrevivem?


redes-sociais-mapa

Em um mercado dominado por Facebook, Twitter e Orkut, redes sociais de nicho chamam atenção por atender necessidades específicas de seus públicos. Mas elas não têm vida fácil. Vistas como tendência por analistas há alguns anos, tornaram-se em pouco tempo um objeto virtual duvidoso e, de certa forma, obsoleto. Logo, vale levantar a questão: é possível sobreviver frente a sites com mais de 50 milhões de usuários?

O recente histórico virtual volátil é prova de que ainda não há uma resposta concreta. O Yahoo, por exemplo, viveu este tipo de situação. Um dos maiores gigantes da web anunciou em 2008 o fim do Kickstart, rede social de caráter profissional. O site foi fechado após ser ‘engolido’ pela avalanche Linkedin, de 45 milhões pessoas cadastradas. Hoje, o site de perfil corporativo está avaliado em 1 bilhão de dólares. Já o Kickstart foi direcionado a um produto similar no Yahoo – o HotJobs!

Alguns exemplos, contudo, mostram que essas redes de nicho podem sobreviver - a despeito da competição do ambiente virtual. É o caso de Totspot, Odadeo, Lil’Grams e Kidmondo - todas dedicadas a bebês e que fazem grande sucesso.

Para encontrar vida longa na web, as redes destinadas a interesses de nicho precisam de ingredientes básicos: eficiência no mecanismo do serviço, interesse do usuário em interagir com seus amigos e informações específicas que não serão encontradas em qualquer outro site.

information-overload

“Redes sociais de nicho têm espaço na web. Mas para funcionar com grupos de pessoas bem específicos e, para dar certo, precisam ser adotadas por plataformas participativas que realmente utilizem o site para manter contato. A única questão pendente é a sobrecarga de redes sociais”, explica Raquel Recuero, pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

A questão é simples: você consegue gerenciar e absorver o volume absurdo de dados que circula em todos os sites de relacionamento em que está cadastrado?

É nesse cenário que surgem os filtros pessoais - para dar prioridade a um ou outro ambiente virtual. A intenção, é claro, é manter o foco em uma atividade. E a escolha provavelmente recairá sobre as redes maiores, estruturadas, recheadas de inúmeras funções (jogos, quiz, chats com vídeos etc.), com malhas sociais e laços de amizades consolidados, deixando em segundo plano sites participativos de grupos específicos.

Foto: Webtreats e Solstizio.

FONTE: VEJA

66% dos pais brasileiros admitem monitorar os filhos na web

Eles ainda acham mais fácil falar sobre sexo do que sobre sites visitados.
Pesquisa feita em 12 países aponta jovens do Brasil como os mais sociais.

Um estudo divulgado nesta terça-feira (17) pela empresa de segurança Symantec aponta que 66% dos pais brasileiros monitoram a atividade de seus filhos na internet – seja lendo e-mails ou rastreando os sites visitados por esses jovens. O mesmo levantamento indica que, no Brasil, os pais estão mais preparados para discutir sexo com os filhos (72%) do que abordar quais páginas visitadas por eles durante a navegação (66%).

O estudo ouviu mais de 9 mil internautas de 12 países, sendo 600 deles brasileiros. Do total de entrevistados entre outubro e dezembro de 2008, 6.427 tinham 18 anos ou mais e 2.614 tinham entre 8 e 17 anos. Segundo as estatísticas globais, 70% dos pais conversam com os filhos sobre segurança na internet (aumento de 20% em relação ao ano passado).

“Há diversas formas para rastrear os sites que as crianças e jovens visitam, mas nada substitui o diálogo. Hoje os ataques e ameaças na internet são bastante diversificados e, por isso, a prevenção aos problemas deve abordar todas as possibilidades”, afirmou Fabiano Tricário, gerente de vendas da Symantec do Brasil, durante entrevista coletiva por telefone.

De acordo com o estudo, a dificuldade em falar sobre o uso da internet está ligada a alguns obstáculos encontrados pelos pais: eles não sabem como criar regras de utilização, não tinham acesso a essa tecnologia quando cresceram e não fazem ideia ao que precisam ficar atentos. Por isso, Tricário aconselha a conversa freqüente com os filhos, a criação de regras realistas, o uso de medidas preventivas de segurança e a participação na vida virtual dos mais jovens.

“De nada adianta proibir as crianças de usarem a internet, porque elas acabarão tendo acesso em outros lugares”, disse o executivo brasileiro. Prova disso é um dado dessa mesma pesquisa: 22% das crianças navegam na internet na casa de seus amigos, onde as regras de utilização podem ser bem diferentes e mais flexíveis.

Os pais brasileiros acreditam que seus filhos passam cerca de 56 horas mensais na internet, quando na realidade esse período chega a 70 horas mensais. Desse total, 13 horas são gastas em sites de relacionamento, o que faz deles os jovens mais sociais dos 12 países pesquisados (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Suécia).
Amigos virtuais
Um levantamento considerado positivo é o fato de os jovens brasileiros de 8 a 17 anos incluírem seus pais em suas vidas virtuais: 70% deles têm seus responsáveis em alguma lista on-line de amigos (comunicador instantâneo, e-mail, rede social ou outro), contra 25% na média global. Especificamente nas listas de e-mail, 79% dos jovens brasileiros acrescentam seus pais, enquanto 60% deles o fazem em sites de relacionamento.

Apesar de os adultos estarem presentes em suas vidas virtuais, 76% dos jovens do mundo admitem seguir as regras do mundo virtual criadas por seus pais – o restante ignora essas “leis” ou pelo menos parte delas.

Em 2008, um em cada cinco usuários jovens disse ter sido reprimido pelos pais, devido a comportamento inapropriado na internet. Se considerado somente o Brasil, cerca de 33% dos pais descobriram que os filhos se comportavam de maneira inadequada no ambiente virtual. Quase metade deles (48%) disse que repreenderia jovens nesses casos. 

FONTE: G1

Blogueiros viram 'saco de pancada' e reclamam de valentões da internet

Falsa sensação de anonimato gera xingamentos e até ameaças.
Se comentários passarem dos limites, blogueiros podem entrar na Justiça.

O dono do terceiro blog mais lido do mundo cansou. Depois de três anos escrevendo sobre novas empresas e serviços de tecnologia, uma ameaça de morte e uma cuspida na cara, Michael Arrington, co-fundador do TechCrunch, decidiu dar um tempo do site.

“Escrevemos sobre tecnologia e empreendedorismo. São coisas importantes, mas não tão importantes para nos fazerem temer pela nossa segurança e a de nossas famílias”, afirmou o blogueiro em nome de todos os contribuintes da página. Apesar de seu afastamento, o TechCrunch continuará sendo atualizado.

Foto: Reprodução

Michael Arrington contou no Twitter que havia tomado uma cuspida. No blog, ele escreveu sobre as agressões e ameaças.

O fato de alguém desistir da blogosfera depois de chegar ao topo do Technorati, um site com a lista dos blogs mais acessados, indica que a pressão para quem está lá em cima não é pouca. E, como mostra o desabafo de Arrington, ela vem principalmente dos leitores: pessoas que muitas vezes não economizam na agressividade e apelam até para ameaças quando discordam do blogueiro -- esteja ele envolvido com temas polêmicos ou com amenidades.

Arrington afirmou ter se tornado alvo de empresas iniciantes que não recebem a atenção desejada, além de jornalistas e blogueiros concorrentes que acusam o TechCrunch “das coisas mais ridículas”. “Responder a essas acusações não vale nosso tempo: sempre achei que nosso trabalho e integridade iriam dar a resposta para tudo isso. Mas conforme crescemos e conquistamos mais sucesso, os ataques também cresceram”, contou.

No início de fevereiro, o autor de novelas Aguinaldo Silva fez um desabafo nesse mesmo tom em seu blog. “Dou aqui o meu melhor. Procuro não apenas agradar a quem me lê, mas dar informações, provocar debates, fazer pensar (...). E o meu modo de pensar, limpo e cristalino, está exposto aqui. Em troca dessa exposição, dessa sinceridade toda, o que recebo? Chutes na bunda. Agressões as mais deslavadas, e o que é pior: de pessoas que nem sequer existem! Pois em geral, todos os que entram aqui com propósitos deletérios tratam antes de resguardar com o maior cuidado suas identidades: são todas falsas.”

No post, o coautor de "Roque Santeiro", "Vale Tudo" e autor de "Duas Caras" afirma ter questionado se valia a pena manter a página, recebendo resposta negativa de seus amigos. Depois, ele concluiu: “vou desistir do blog? Pra deixar esse bando de zé ruelas feliz da vida? Mas nem morto!” 

Ciberbullying
Erick Itakura, pesquisador do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUC), classifica a agressão na blogosfera como um tipo de ciberbullying -- o termo define um comportamento agressivo e repetitivo adotado contra alguém no universo virtual, mesmo sem motivação aparente.

“O blogueiro exerce o direito dele de liberdade de expressão. Mas muitos leitores se incomodam e acabam querendo impor outras verdades”, afirmou o especialista, lembrando que a sensação de anonimato existente na internet facilita esse tipo de ação.

Segundo Itakura, as reações extremas na blogosfera acontecem quando alguém tem dificuldades em lidar com os sentimentos provocados pelo conteúdo postado - seja ele raiva, frustração, inveja ou admiração. “A agressão mostra que, de alguma forma, as informações tocaram a pessoa e ela não soube lidar com isso. Às vezes é mais fácil o leitor enxergar um defeito no blogueiro, que se expõe, do que nele mesmo.” 

Ameaças

Foto: Ary Disendruck/Arquivo Pessoal 
Foto: Ary Disendruck/Arquivo Pessoal

Rosana Hermann está na blogosfera há quase dez anos; reação aos comentários agressivos depende de seu estado de espírito. (Foto: Ary Disendruck/Arquivo Pessoal)

Rosana Hermann, 51, passou por uma situação parecida com a relatada pelo co-fundador do TechCrunch. Hoje dona do Querido Leitor, ela já chegou a fechar um blog e sair do país com a família, depois de receber uma ameaça no estilo “sei onde seus filhos estudam”.

Em outra ocasião, pagou um advogado até conseguir quebrar na Justiça o sigilo de um leitor definido por ela como “o clássico covarde na vida real, que se torna o bam-bam-bam atrevido sob o manto do anonimato”.

No segundo caso, após quebra de sigilo, ela acabou conversando com esse leitor pelo telefone -- ao identificar seu perfil, Rosana acabou desistindo do processo. O homem tinha 42 anos, era um administrador de empresas desempregado, morava com os pais, era separado e justificou os meses de perseguição à blogueira dizendo que queria ser como ela.

Depois de quase dez anos na blogosfera, Rosana diz que sua reação à agressão dos leitores depende de seu estado de espírito. “Quando vejo que a pessoa realmente só quer atenção, ignoro. Quando acho que existe alguma chance de trazê-la para a ‘luz’, comento no blog. Mas aí os outros leitores reclamam, dizendo que só dou atenção para quem me ofende”, contou em entrevista ao G1.

Se o comentário feito pelo internauta for mais “pesado, patológico ou perigoso”, ela o repassa a seu advogado, para que ele tome medidas legais. 

O advogado Marcel Leonardi, especialista em direito digital, não vê problemas quando as críticas feitas em um blog são dirigidas ao conteúdo postado, e não à pessoa - nestes casos, eles diz que o debate é válido e está dentro dos limites da liberdade de manifestação de pensamento. No entanto, quando o leitor passa a ofender o blogueiro pessoalmente e vice-versa, pode-se cogitar os crimes de calúnia, injúria ou difamação.

e isso acontecer e o blogueiro quiser entrar com uma ação judicial, Leonardi aconselha a não apagar o comentário. A informação preservada permite descobrir, com auxílio da Justiça, o endereço IP de quem publicou o texto. Assim, é possível identificar o responsável pela ofensa e tomar as medidas cabíveis. 

Opinião
O jornalista Vitor Birner, 40, diz ser diariamente agredido nos comentários postados no Blog do Birner, uma página para fãs de futebol. “Há várias formar de agressão. O leitor mente a meu respeito, diz que falei o que não falei, fiz o que não fiz, penso o que não penso. E eu aprovo os comentários na gigantesca maiorias das vezes, por achar que as pessoas devem mostrar quem são”, contou ao G1. Segundo ele, também há muitas colocações interessantes, de pessoas inteligentes em sua página. “O blog é um local de informação e opinião. Ter de tudo faz parte.”

No mesmo endereço virtual desde 2007, Birner geralmente releva as agressões. No entanto, confessa que vez ou outra tem “seus dias” e responde às provocações deixadas na página. “Quando dizem que manipulo as informações, recomendo que não voltem ao meu blog. Se não acreditam no que escrevo, não devem perder seu tempo precioso de vida comigo.”

Renê Fraga oferece espaço para que o leitor da página expresse suas idéias. (Foto: Alexandre Inagaki/Arquivo Pessoal )

A estratégia de Renê Fraga, 25 anos, é tentar entender os leitores do Google Discovery -- mesmo aqueles mais agressivos. Ele diz sempre tentar oferecer um espaço para que o usuário da página expresse suas idéias.

“O trabalho do blogueiro é público e estamos envolvidos com diferentes tipos de pessoas. Por isso, é sempre importante manter uma conversação entre todos os envolvidos na blogosfera, respeitando suas opiniões”, defende.

Sem comentários
Já o Te Dou Um Dado?, com informações sobre o universo das celebridades, adota a direção oposta. A página criada por três blogueiros em abril de 2007 era aberta para comentários, mas com o tempo eles foram fechados. “Como a voz do povo definitivamente não é a voz de Deus, acabamos com essa história”, contou Ana Paula Barbi, a Polly, uma das criadoras do site.

A falta de espaço para comentários não impede, no entanto, que pessoas dispostas a agredir mandem e-mails para os blogueiros, muitas vezes com endereços falsos. “Quando ficaram sabendo que sofri uma parada respiratória, choveram mensagens. Mas o número de e-mails desejando melhoras foi infinitamente maior do que os xingando e celebrando minha quase-morte.”

Polly garante nunca se ofender com esse tipo de agressão, alegando que as pessoas não sabem xingar direito. “Elas não são criativas. É sempre aquela história de ‘você é gorda’. Poxa, jura? Valeu o toque, nunca tinha reparado”, ironizou a blogueira. “Grande parte desse recalque vem de uma vontade enorme de ser igual a nós. A pessoa queria muito ter um blog legal, mas não consegue e então apela para a agressão”, continuou, ecoando a explicação do psicólogo Erick Itakura. 
 
FONTE: G1



Mídias sociais nos jogos de inverno 2010

A XXI olimpíada de inverno pode ser chamada também de “jogos sociais”, isso devido ao fato de que mais consumidores terão seus olhos grudados na tela do smartphone do que na TV. Alcançando os consumidores através das mídias sociais, essa olimpíada pode rivalizar com a da china em termos de atenção da audiência.



Patrocinadores

Coca-Cola – a empresa criou uma guerra virtual de bola de neve para os consumidores compartilharem nas mídias sociais. Ela também tem um iPhone app com a NBC, que toca sons de torcida, buzinas de ar e uma Coca-Cola que está sendo derramada. Além disso, a Coca-Cola patrocinou atletas que vão compartilhar via Twitter suas experiências.

Visa – “cerca de 40% dos seus fundos de marketing nas olimpíadas vão para o digital”, é o que diz Antonio Lucio, chefe de marketing. Foi criado um canal no Youtube onde é possível ver seis pontos olímpicos antes de irem ao ar, na TV.

McDonald’s – a rede de fast food  criou um game chamado “How Do You McNugget?” O primeiro a descobrir como atletas olímpicos comem McNugget pode ganhar uma viagem para dois para ver os jogos de 2012 em Londres.

GE – a empresa está usando as olimpíadas como uma “plataforma de lançamento” para seu maior esforço em mídia social – “um programa para uma melhor saúde”, diz Linda Boff, diretora global de marketing. Sob a Twitter tag “gohealthy”, a GE terá 25 experts twitando sobre como as pessoas podem ser mais saudáveis.


APPs
Se você é um dos  novos compradores do iPad da Apple, confira um aplicativo gratuito que muita gente está baixando, o NBC Olympics Gest. O app permite acompanhar a contagem de medalhas e atualizações sobre toda a ação de Vancouver e permitirá que os telespectadores acessem destaques em vídeo da maioria dos eventos. Além disso, você pode acompanhar o seu país favorito, esportes e atletas no Facebook e Twitter. Este aplicativo também pode ser baixado para o seu iPhone ou iPod Touch.



Bell, maior empresa de telecomunicações do Canadá e patrocinadora oficial dos jogos também lançou seu próprio aplicativo, que é direcionado aos participantes do evento. Usuários do Iphone podem adicionar o “game gadgets” na página do IGoogle, que também dispõe de medalhas, as programações da TV e notícias sobre jogos olímpicos.




Redes Sociais

Em conjunto com os jogos olímpicos de inverno, o The New York Times estará oferecendo recomendações para usuários do Foursquare sobre restaurantes, atrações, compras e vida noturna em Vancouver, Whistler e na cidade vizinha de Squamish. As dicas serão retiradas do Times’s travel e da cobertura de entretenimento.




TWITTER & FACEBOOK
Ambas as redes sociais estarão cobrindo os acontecimentos em Vancouver de perto e podem vir a ser uma fonte mais informativa até mesmo que a TV.
Com o Twitter atingindo mais de 23 milhões de hits e 1.2 bilhões de tweets por mês, sem dúvida terá um profundo impacto na audiência das olimpíadas de 2010.
Com esse intuito, o microblog lançou a “Verified Tweeting Olympians “, onde você pode pegar referências dos atletas que estão twitando em tempo real.



No Facebook, o Comitê Olímpico Internacional (COI) criou uma página para os jogos olímpicos, que já tem mais de 1,4 milhões de seguidores. A página possui recursos de atualizações, fotos e vídeos apresentados pelos atletas.



O Comitê Olímpico Internacional também está usando o Facebook para realizar um concurso de fotos entre os fãs, que premia com ingressos grátis para eventos,  e criou um Mini-Jogos Olímpicos em sua rede social.



Video
A rede canadense CTV estará fluindo cada momento dos jogos ao vivo em CTVolympics.ca. Telespectadores nos Estados Unidos pode sintonizar a NBCOlympics.com ou MSN.com, em ambos serão hospedadas mais de 400 horas de cobertura de eventos ao vivo, e 1.000 horas de on-demand e streaming  HD.

[inventorspot]

terça-feira, 2 de março de 2010

Guia dá dicas para você não pagar micos e ainda se dar bem no Orkut

G1 ouviu consultores de imagens, cantores, apresentadores e blogueiros.
Eles contam o que perfis devem ter e quais os pecados das redes sociais.

Seja no Orkut, MySpace, Facebook ou em outra rede social, é bem provável que você já esteja cadastrado em um desses sites de relacionamento, contatando amigos, trocando mensagens, exibindo fotos e divulgando seus gostos. Apesar da facilidade em criar e alimentar esses perfis, basta dar uma volta pelo Orkut para perceber que muitos usuários erram a mão na hora de divulgar sua imagem virtual.

As evidências dos equívocos estão, por exemplo, naquela foto em que o usuário aparece refletido no espelho do banheiro, na sequência de imagens que mostra a bebedeira do último churrasco, na péssima frase do "quem sou eu" ou na escolha de comunidades, digamos, inapropriadas.
Foto: May Edelstein/Divulgação  Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
1) Boas fotos, separadas de maneira organizada (balada, meus amigos, viagem de ano novo, por exemplo) e sempre atualizadas. Mas não vá exagerar, porque ninguém quer passar 15 minutos nos álbuns nem ver um monte de foto parecida.

2) Comunidades bem escolhidas, afinal elas revelam a sua personalidade. As bandas do momento, os lugares bacanas que você frequenta e nada de comunidades bregas, porque elas acabam com a reputação!

3) Outra boa ideia é manter seu scrapbook organizado, deletar as propagandas e aqueles recados ctrl c+v (copiados e colados).

4) Nada de excesso de joguinhos e outras coisinhas na página principal, porque acaba sendo poluição demais.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Jamais revele seu endereço. Muita gente coloca o telefone, porque usa o Orkut para arranjar trabalho. Mesmo assim, quem realmente tiver interesse pode muito bem contatar por e-mail.

Antes de publicar qualquer foto, recomendo que pense bem se ela pode ser vista por qualquer pessoa. E qualquer pessoa inclui chefe, colegas de trabalho, colegas de escola/faculdade, família, professores e até mesmo tarados e assaltantes.

Menores de idade devem tomar ainda mais cuidado e não entrar em comunidades que revelem os lugares que frequenta (especialmente escola), para evitar a possibilidade de sequestro. Melhor se prevenir do que remediar.

Foto: Arquivo pessoal 
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Acho que ser você mesmo e fugir do modismo é o caminho para ter um perfil "cool".

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Frases manjadas no “quem sou eu”, tais como: "sua inveja faz minha fama", "a força da sua inveja é a velocidade do meu sucesso", "pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo", "quem se descreve se limita", "gostou??? Pega senha!!!”, “me odeia? Tente me superar” e “só add quem conheço”.

Outra coisa que não pega bem é colocar no próprio livro de recados a frase “scrap lido, respondido e apagado”. Se a pessoa quer ler, responder e apagar, precisa deixar avisado para quem vai enviar um recado?

Também entra para a lista do que não se deve fazer participar de jogos em comunidades do tipo “beija ou passa", "tente escrever seu nome com o cotovelo", "o que você acha da pessoa acima" e "chuta ou leva pra casa". E um futuro empregador pode não gostar de encontrar um candidato em comunidades como "a preguiça mata? Morri", "odeio trabalhar", "odeio acordar cedo", "bebo até cair" e "odeio meu patrão". Podem ser fatores negativos na hora de uma possível contratação.

No álbum de fotos, pega mal colocar imagens feitas com o celular, em que a pessoa aparece em frente ao espelho do banheiro, do elevador e do quarto, por exemplo. Custa pedir para alguém bater uma foto sua? Aquelas imagens com pessoas fazendo biquinho e o V da vitória também são super clichês.

Foto: Priscila Prade/Divulgação 
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Bom senso, boas intenções e respeito. Aprecio fotos com conteúdo, divulgação cultural e comunidades interessantes.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Informação com conteúdo pornográfico, preconceituoso e informações pessoais que expõem a vida da pessoa, de forma que ela se coloque em risco.



Foto: Divulgação  
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Ele deve ser verdadeiro e um pouco diferente, para despertar o interesse -- porém, sem exageros. Acredito que a pessoa está ali para mostrar seus interesses, hobbies e gostos pessoais, mas isso não significa que o usuário precise de coisas mirabolantes para chamar atenção.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Apesar de o Orkut ter uma conotação mais pessoal do que profissional, muitas empresas e empregadores investigam via internet o perfil do candidato a uma vaga na empresa. Por isso deve-se ter cuidado com as informações que colocamos ali. É sua “imagem virtual” que está em jogo e, creia, ela vai se tornar real para alguém.

Por isso, não aconselho colocar fotos sensuais, imagens que mostram a pessoa bêbada, críticas a determinados usuários do Orkut. Também desaconselho discussões no Orkut.

Foto: Divulgação
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente? 
Invista em um bom avatar. 90% dos amigos virtuais em potencial vão julgar você única e exclusivamente baseados em um quadradinho 3x4. Tenha algo chamativo, que motive os outros a entrarem no seu perfil e descobrirem mais sobre você.

Arrume uma foto no seu melhor ângulo. Se não tiver nenhum ângulo bom, apele para algum personagem que você goste. Mas evite cartoons e mascotes de time de futebol. Vá para um lado mais misterioso, menos óbvio, como o "coadjuvante simpático" de algum filme ou série de sucesso. Aquele carinha árabe do “Lost”, por exemplo.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Não use comunidades para afirmar o que você é/está sentindo. Tem pessoas que colecionam comunidades como se fossem figurinhas, só pelos nomes ou imagens engraçadas. Já vi pessoas com mais de 500. Nessa situação você acaba esquecendo ou deixando a manutenção delas de lado. Aí existem boas chances de comunidades como "Eu odeio meu chefe” ou "Se vacilar a fila anda", que você entrou faz tempo, em uma outra situação, com uma outra cabeça ou com o objetivo de mandar o recado para outras pessoas, acabarem magoando seu atual chefe, namorado e amigos.

Foto: Arquivo Pessoal
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Deve identificar o dono do perfil como referência intelectual ou exemplo de sucesso pessoal/profissional para os grupos sociais que ele já faz ou almeja fazer parte. Mas, independente de para quem o sujeito queira aparecer, é bom evitar tudo aquilo que não é novidade pra ninguém: letras de música batidas na descrição, frases-clichê nas legendas de foto, comunidades inúteis como "eu odeio acordar cedo" (quem gosta?) e todo tipo de coisa óbvia, simplesmente porque o óbvio é desinteressante.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Se você liga para o que os outros pensam, não deve publicar informações que o seu grupo social classifica como negativas. Quem quer se entrosar com os playboys fúteis da faculdade, por exemplo, não pode mostrar as fotos do final de semana na Praia Grande ao lado do Uno Mille 96 do pai. Assim como não pega bem exibir no álbum as bebedeiras do final de semana se o seu chefe for careta.

Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
As mulheres devem evitar a vulgaridade. Já os homens devem evitar demonstrar que são os “bons”, os “gostosos da parada”. Quando falamos de imagem, vale a regra "mais é sempre menos".

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Fotos da família, por segurança.




Foto: Divulgação  
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Acho que a principal questão é o que não deve ter, como os fakes de pessoas famosas e comunidades de cunho sexual. Acho bizarro alguém dizer "você viu? Tenho o Roberto Carlos no Orkut, agora to esperando o Obama me adicional". Para ser descolado, seja verdadeiro, porém agradável!

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Não pega muito bem divulgar imagens de pessoas peladonas. Imagina você ver o Roberto Carlos fake pelado? Também não acho legal divulgar informações pessoais: tem muita gente maluca no mundo.


Foto: Divulgação  
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
O principal propósito do Orkut, a meu ver, é manter o contato com os amigos. Nessa rotina atual em que as pessoas têm cada vez menos tempo para encontrar os outros, o Orkut acaba ajudando bastante a manter esse laço de amizade, por ser uma forma de contato fácil e rápida. O perfil deve ser direcionado para esses amigos, com fotos antigas, fotos novas e informações básicas do que está acontecendo na vida da pessoa.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Há pessoas que colocam informações demais, deixam os outros saberem muito sobre suas vidas. Entram em detalhes do trabalho, da vida pessoal. Eu não consigo ser assim, sinto que estão invadindo minha privacidade. Quanto às fotos, também existem as que são apropriadas e as que não são. Tem gente que não percebe isso.

Foto: Divulgação
Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Esse tipo de perfil tem de ter poucos amigos. Gente que tem muitos amigos em redes sociais não é descolada, é arroz de festa.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Você nunca deve colocar uma foto seminu no Orkut e muito menos “poesias cabeça” que deixam você com pinta de mala.




Foto: Divulgação  

Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
O Bolsa de Mulher reúne somente mulheres e, por isso, tem uma dinâmica bem própria de funcionamento, diferente das demais redes sociais. No Bolsa, as usuárias se reúnem e se adicionam porque têm interesses em comum. Isso faz com que elas queiram ser muito sinceras em seus perfis, porque sabem que não precisam impressionar ninguém.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Não é bacana colocar nenhuma informação que, de alguma maneira, tenha qualquer cunho discriminatório de qualquer natureza.



Sylvia Cesário Pereira, 33
Consultora de imagem

Para um perfil ser considerado descolado, o que ele deve ter obrigatoriamente?
Não mostrar sua foto na página inicial. Uma imagem criativa diz muito mais sobre você.

Que tipo de informação ou imagem jamais pode aparecer num perfil de rede social?
Sua foto ou da sua família. Além de ser perigoso, é muito íntimo. Dê preferência a imagens bonitas e criativas.


FONTE: G1

Nos laços (fracos) da internet

Em nenhum outro país as redes sociais on-line têm alcance tão grande quanto no Brasil, com uma audiência mensal de 29 milhões de pessoas.
Mas ter milhares de amigos virtuais não deixa ninguém menos solitário.

O preço da superexposição
A produtora cultural Liliane Ferrari, de 34 anos, é uma fanática confessa pelas redes sociais on-line. Seu perfil está em nada menos que 21 comunidades virtuais. Há dois anos, Liliane precisava contratar, em menos de uma semana, quarenta educadores para duas exposições no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Atrás de indicações, enviou um e-mail para os amigos. A mensagem se alastrou e sua vida passou a ser vasculhada em seu blog, no Facebook, no Orkut e no Twitter por candidatos às vagas. No Orkut, Liliane começou a receber 300 recados por hora. Descobriram até o número do seu celular. "A operadora de telefonia ligou perguntando o porquê de tantas ligações – tive de trocar o número", conta. O pior foi fazer as entrevistas: como sabiam tudo sobre ela, os candidatos se achavam íntimos. "Eles perguntavam da minha filha e do meu passeio de fim de semana na praia. Foi horrível", diz Liliane, que agora toma mais cuidado com suas informações na internet.
Contatos virtuais 2 800
Conhece pessoalmente 150

As redes sociais na internet congregam 29 milhões de brasileiros por mês. Nada menos que oito em cada dez pessoas conectadas no Bra-sil têm o seu perfil estampado em algum site de relacionamentos. Elas usam essas redes para manter contato com os amigos, conhecer pessoas – e paquerar, é claro, ou bem mais do que isso. No mês passado, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que 7,3% dos adultos com acesso à internet fizeram sexo com alguém que conheceram on-line.

Os brasileiros já dominam o Orkut e, agora, avançam sobre o Twitter e o Facebook. A audiência do primeiro quintuplicou neste ano e a do segundo dobrou. Juntos, esses dois sites foram visitados por 6 milhões de usuários em maio, um quarto da audiência do Orkut. Para cada quatro minutos na rede, os brasileiros dedicam um a atualizar seu perfil e bisbilhotar o dos amigos, segundo dados do Ibope Nielsen Online. Em nenhum outro país existe um entusiasmo tão grande pelas amizades virtuais.

Qual é o impacto de tais sites na maneira como as pessoas se relacionam? Eles, de fato, diminuem a solidão? Recentemente, sociólogos, psicólogos e antropólogos passaram a buscar uma resposta para essas perguntas. Eles concluíram que essa comunicação não consegue suprir as necessidades afetivas mais profundas dos indivíduos. A internet tornou-se um vasto ponto de encontro de contatos superficiais. É o oposto do que, segundo escreveu o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), de fato aproxima os amigos: "Eles precisam de tempo e de intimidade; como diz o ditado, não podem se conhecer sem que tenham comido juntos a quantidade necessária de sal".
Por definição, uma rede social on-line é uma página na rede em que se pode publicar um perfil público de si mesmo – com fotos e dados pessoais – e montar uma lista de amigos que também integram o mesmo site. Como em uma praça, um clube ou um bar, esse é o espaço no qual as pessoas trocam informações sobre as novidades cotidianas de sua vida, mostram as fotos dos filhos, comentam os vídeos caseiros uns dos outros, compartilham suas músicas preferidas e até descobrem novas oportunidades de trabalho. Tudo como as relações sociais devem ser, mas com uma grande diferença: a ausência quase total de contato pessoal.
Os sites de relacionamentos, como qualquer tecnologia, são neutros. São bons ou ruins dependendo do que se faz com eles. E nem todo mundo aprendeu a usá-los a seu próprio favor. Os sites podem ser úteis para manter amizades separadas pela distância ou pelo tempo e para unir pessoas com interesses comuns.

Nas últimas semanas, por exemplo, o Twitter foi acionado pelos iranianos para denunciar, em mensagens curtas e tempo real, a violência contra os manifestantes que reclamavam de fraudes nas eleições presidenciais. Em excesso, porém, o uso dos sites de relacionamentos pode ter um efeito negativo: as pessoas se isolam e tornam-se dependentes de um mundo de faz de conta, em que só se sentem à vontade para interagir com os outros protegidas pelo véu da impessoalidade.
O sociólogo americano Robert Weiss escreveu, na década de 70, que existem dois tipos de solidão: a emocional e a social. Segundo Weiss, "a solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade". Vários estudos têm reforçado a tese de que os sites de relacionamentos diminuem a solidão social, mas aumentam significativamente a solidão emocional. É como se os participantes dessas páginas na internet estivessem sempre rodeados de pessoas, mas não pudessem contar com nenhuma delas para uma relação mais próxima. A associação entre a sensação de isolamento e o uso compulsivo de comunidades virtuais foi observada em pesquisas com jovens na Índia, na Turquia, na Itália e nos Estados Unidos. Na Austrália, um estudo da Universidade de Sydney com idosos mostrou que aqueles que usam a internet principalmente como uma ferramenta de comunicação tinham um nível menor de solidão social. Já os entrevistados que preferiam usar os computadores para fazer amigos apresentaram um alto grau de solidão emocional.
Ao contrário do e-mail, sites como Orkut, Facebook e Twitter, por sua instantaneidade, criaram esse novo tipo de ansiedade: a de ficar sempre plugado para evitar a impressão de que se está perdendo algo. Lev Grossman, colunista de tecnologia da revista americana Time, revelou há pouco ter decidido cancelar sua conta no Twitter porque percebeu que estava ficando mais interessado na vida alheia do que na própria. A produtora cultural Liliane Ferrari, de São Paulo, é extrovertida e comunicativa. No entanto, como trabalha em casa e tem uma filha pequena, considera ter pouco tempo para se encontrar pessoalmente com os amigos. Em compensação, passa duas horas por dia atualizando e conferindo os 21 sites de relacionamentos e blogs dos quais faz parte. Mas já está ficando apreensiva. "Quando fico conectada com um monte de gente por muito tempo, tenho a impressão de que, no fundo, não conheço ninguém. É uma coisa meio esquizofrênica, parece que estou ficando louca", diz Liliane. Ela não tem dúvida de que, em relação aos amigos mais íntimos, nada substitui o contato pessoal. "Quando se desabafa com um amigo pela internet, alguns sinais de afetividade são deixados de lado, como o olhar, a expressão corporal e o tom de voz", diz a psicóloga Rita Khater, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
As amizades na internet não são sequer mais numerosas do que na vida real. De nada adianta ter 500 ou 1 000 contatos no Orkut. É impossível dar conta de todos eles, porque o limite das relações humanas é estabelecido pela biologia. O número máximo de pessoas com quem cada um de nós consegue manter uma relação social estável é, em média, de 150, segundo o antropólogo inglês Robin Dunbar, um dos mais conceituados estudiosos da psicologia evolutiva. Dunbar observou que o tamanho médio dos conjuntos de diferentes espécies de primata depende do tamanho do seu cérebro. Extrapolando a lógica para o Homo sapiens, o pesquisador chegou ao seu número mágico, confirmado pela análise de diversos grupos humanos ao longo da história. Sua teoria é que, desde o paleolítico, nossos ancestrais foram desenvolvendo a linguagem ao mesmo tempo em que ampliavam o seu círculo social – ou seja, aqueles indivíduos com quem se acasalavam, faziam alianças, fofocavam, cooperavam e, eventualmente, brigavam. Amigos, numa versão mais rudimentar. Há cerca de 10 000 anos, chegou-se ao limite calculado por Dunbar, estabelecido pela impossibilidade de o ser humano aumentar a sua capacidade cognitiva, o que inclui as habilidades de comunicação.
Dunbar começou a estudar o assunto na década de 90 e, agora, o seu cálculo está sendo confirmado nos sites de relacionamentos. Em média, o número de contatos nos perfis do Facebook e de seguidores no Twitter é de 120 pessoas. No Orkut, cada brasileiro tem cerca de 100 amigos. Mesmo quem foge do padrão e consegue amealhar alguns milhares de companheiros virtuais não conhece, de fato, muito mais do que uma centena. A cantora Marina de la Riva tem, entre Orkut, Facebook e MySpace, 4 700 contatos. "Mas não me comunico com mais do que 100 deles", diz Marina. O número de Dunbar, 150, não é uma unanimidade entre os cientistas. Valendo-se de uma metodologia diferente, um grupo de antropólogos americanos, entre os quais Russell Bernard, da Universidade da Flórida, concluiu que, nos Estados Unidos, os laços de amizade de uma pessoa podem chegar a 290. Cento e cinquenta ou 290 pessoas: não importa qual seja a cifra, ainda está muito longe do número de amigos que os mais ativos apregoam ter na rede eletrônica. "A internet é muito boa para administrar amizades já existentes, garantindo sua continuidade mesmo a grandes distâncias, mas é ruim para criar do zero relações de qualidade", disse Dunbar à revista.

 Existem diferentes níveis de amizade, é lógico. As mais distantes são mais abundantes. É o que se chama, em sociologia, de "laços fracos". Relações sociais estáveis como as estudadas por Dunbar e Bernard são chamadas, por sua vez, de "laços fortes". Dentro dessa categoria há um núcleo reduzido de confidentes, que não costumam passar de cinco. Esses são os amigos do peito, com quem podemos contar sempre, mesmo nos piores momentos. As mulheres costumam ter um núcleo de confidentes maior que o dos homens. A característica se repete na internet. No Facebook, por exemplo, um homem com 120 contatos na lista responde com frequência aos comentários de sete amigos, em média. Entre as mulheres, esse número sobe para dez. "As mulheres têm mais facilidade para fazer amizades próximas do que os homens", diz a antropóloga Claudia Barcellos Rezende, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Já os homens se especializaram em estabelecer um número maior de relações, mas com um grau de intimidade menor. Em termos evolutivos, isso se explica pela necessidade do homem de sair para buscar o sustento, fazendo alianças temporárias com uma quantidade maior de indivíduos, enquanto as mulheres ficavam com os filhos e se juntavam às outras mães para proteger a prole.
A vida moderna, curiosamente, pode estar tornando as relações de amizade mais masculinizadas. "O tamanho médio do núcleo de amigos próximos parece estar diminuindo, enquanto a rede de contatos fracos aumenta", disse a VEJA o sociólogo Peter Marsden, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ou seja, cresceram as relações superficiais, efêmeras, e reduziram-se as mais afetivas, profundas. A tendência é reproduzida à perfeição – e intensificada – nas redes sociais on-line. É como se a maioria das relações fosse estratégica, tal como as dos homens das cavernas. "Nesses sites, é possível manter os relacionamentos a uma distância segura. Ou seja, aproximações e afastamentos se dão na medida do necessário", afirma Luli Radfahrer, professor de comunicação digital da Universidade de São Paulo. Um exemplo conhecido dos adeptos do Orkut no Brasil são os ex-colegas de escola que, depois de anos sem se comunicar e mesmo sem ter nenhuma afinidade pessoal, passam a engordar a lista de amigos virtuais uns dos outros. Quando conveniente, o contato é retomado para resolver questões práticas. Esses laços fracos são muito úteis, por exemplo, para descobrir oportunidades de trabalho. Amigos próximos são menos eficientes em tal quesito porque, em geral, circulam no mesmo meio e têm acesso às mesmas informações. Uma das redes sociais com o maior crescimento de adeptos no mundo é justamente o LinkedIn, especializado em estabelecer vínculos profissionais.
Na internet, é fácil administrar uma enorme rede de contatos, com pessoas pouco conhecidas, porque estão todos ao alcance de um clique. A lista de amigos virtuais é uma espécie de agenda de telefones, com a vantagem de não ser necessário ligar para todos uma vez por ano para não ser esquecido. Basta manter o perfil atualizado e acrescentar à página comentários sobre, por exemplo, suas atividades cotidianas. Isso cria um efeito conhecido como "sensação de ambiente". É como se cada um dos contatos de determinada pessoa estivesse fisicamente presente no momento em que ela reclama de uma coceira nas costas ou comenta sobre a música que está ouvindo. O Twitter explora esse princípio na sua forma mais crua, ao incitar os seus participantes a responder em apenas 140 caracteres à pergunta: "O que você está fazendo?". Os comentários vão de "comendo pão de queijo" a observações espirituosas sobre a vida. O fluxo constante de informações pessoais cria um paradoxo: ao mesmo tempo que ele é necessário para cativar a atenção dos amigos virtuais, pode pôr em risco a imagem pública do indivíduo. Certamente seria embaraçoso para um candidato a um emprego que o seu futuro chefe lesse a seguinte revelação encontrada pela reportagem de VEJA em um perfil do Orkut: "No colégio, eu tinha o hábito de bater no bumbum das alunas com uma régua, quando elas passavam pela minha mesa".
Cada perfil nos sites de relacionamentos pode ser comparado a um pequeno palco. Esse exercício até certo ponto teatral é, no entanto, apresentado a uma audiência invisível. "Como não estamos vendo nossos espectadores, somos incapazes de observar sua reação ao que estamos fazendo e, com isso, ficamos à vontade para nos expor mais do que seria prudente", disse a VEJA Barry Wellman, professor de sociologia da Universidade de Toronto, no Canadá. As táticas para driblar a superexposição nas redes sociais on-line são variadas. Há quem mantenha dois perfis no mesmo site: um para laços fracos, com informações pessoais mais contidas, e outro para laços fortes, em que se pode permitir um grau de exposição maior. A atriz Mel Lisboa teve, durante algum tempo, um perfil com pseudônimo no Orkut, por meio do qual mantinha contato apenas com os amigos mais próximos. Quando os fãs descobriram, ela passou a receber pedidos incessantes de entrada em sua lista de amigos. "Era uma situação complicada, porque eu não estava ali para divulgar o meu trabalho", diz Mel. "Eu ficava sem graça de recusar um pedido de autorização e acabei desistindo do Orkut." Atualmente, há uma página com o nome e a foto dela no site, mas é falsa. Alguém se passa por ela. Outra forma de manter a privacidade on-line é usar os filtros, disponíveis em muitos sites, que permitem selecionar quais amigos podem ver determinadas partes do perfil pessoal.
A necessidade de classificar os contatos virtuais na sua página do Orkut ou do Facebook segundo o grau de intimidade desafia um dos princípios da amizade verdadeira: a total reciprocidade. Na vida real, o desnível da afinidade que uma pessoa sente pela outra costuma ficar apenas implícito na relação entre elas. Na internet, ele é escancarado. Pode-se simplesmente bloquear o acesso de certos amigos a determinadas informações. Além disso, ela não estimula aquele tipo de solidariedade que faz com que dois amigos de carne e osso aturem, mutuamente, os maus momentos de ambos. Esse grau de convivência e aceitação de azedumes ou mesmo defeitos alheios é quase inexistente nas redes sociais. Quando alguém começa a incomodar, é ignorado ou deletado. "Se o objetivo é um vínculo afetivo maior, é preciso se encontrar pessoalmente", resume candidamente Danah Boyd, pesquisadora do Microsoft Research, um laboratório inaugurado em Massachusetts pela empresa de Bill Gates para o estudo do futuro da internet.
Ao fim e ao cabo, usar as redes sociais para fazer uma infinidade de amigos – quase sempre não muito amigos – é uma especialidade de Brasil, Hungria e Filipinas, países que têm o maior número de usuários com mais de 150 contatos virtuais. Uma pesquisa nos Estados Unidos, por exemplo, mostrou que 91% dos adolescentes usam os sites apenas para se comunicar com amigos que eles já conhecem. Parecem saber que, como dizia Aristóteles, amigos verdadeiros precisam ter comido sal juntos. O que você está esperando? Saia um pouco da sua página virtual, pare de bisbilhotar a dos outros, dê um tempo nas conversinhas que só pontuam o vazio da existência e vá viver mais. 

Uma mina de empregos

Ernani d’Almeida

O carioca André Rodrigues, de 35 anos, gerente de projetos da IBM, recebe cinco propostas de emprego por mês. Não, André não fica enviando pilhas e pilhas de currículos pelo correio. Tudo se deve ao perfil que ele mantém no LinkedIn, com 1 800 contatos. Em 2007, André conseguiu um emprego em uma fábrica de software, em Campinas, graças à indicação de um integrante do site. "É uma rede de relacionamentos com um foco profissional bem definido. Não estou ali para fazer amigos, mas para fazer contatos", diz André. Para assuntos pessoais, ele usa sua conta no Orkut.
Contatos virtuais 2 400
Conhece pessoalmente 150

Amizade de fã

Montagem com foto de Otavio Dias de Oliveira
 
A cantora carioca Marina de la Riva, de 36 anos, descobriu uma maneira eficiente de tirar proveito profissional dos sites de relacionamentos, sem precisar expor sua privacidade. "Minha carreira é o que é hoje graças à facilidade com que pude divulgar minha música no Orkut, no MySpace e no Facebook", diz Marina, que já fez um show só para os amigos virtuais. Ela tem uma regra: jamais falar sobre sua vida pessoal nos sites. "Está na rede, é público, e você nunca consegue controlar as informações que circulam ali", diz. Apesar disso, ela já fez duas novas amizades na internet: a cantora Thalma de Freitas e o pianista Eduardo Nazarian. A relação com eles só se estreitou depois que Marina os encontrou pessoalmente.
Contatos virtuais 4 700
Conhece pessoalmente 100


Pessoalmente é melhor

Montagem com foto de Otavio Dias de Oliveira

Quando quer desabafar sobre algo que aconteceu o trabalho, o publicitário Felipe Nakasima, de São Paulo, solta o verbo no Twitter. "Alguns colegas que me seguem no site chegam a me alertar para não cutucar certas pessoas", diz ele. Felipe, de 25 anos, gasta duas horas por dia atualizando o perfil em sites como Orkut e Facebook e tem uma grande amiga que conheceu pela internet. Mas isso só foi possível porque eles transferiram a amizade do mundo virtual para o real. "Para poder dizer que se conhece bem uma pessoa, é preciso ter passado um bom tempo junto dela", afirma. Para Felipe, uma das grandes vantagens dos sites de relacionamentos é poder manter contato com amigos que vivem longe.
Contatos virtuais 600
Conhece pessoalmente 60


Ciúme do Big Brother 

Otavio Dias de Oliveira
 
As redes sociais on-line são um veneno para os ciumentos. A estudante de letras Livia Moraes, de 22 anos, teve de desistir por um tempo dos sites para salvar um namoro. Ela atualizava diariamente o seu perfil no Orkut, com 400 contatos, e seu blog de fotos, até que as brigas com o namorado, que vivia em outra cidade e monitorava os passos de Livia pela internet, se tornaram insuportáveis. "Eu adicionava qualquer pessoa na minha lista de contatos e gostava de xeretar a vida dos outros. Eu me sentia num Big Brother", diz. Depois de abandonar os perfis, o namoro vingou e o casal, que vive em São Carlos, no interior de São Paulo, teve um filho. Recentemente, Livia voltou para o Orkut, principalmente para se comunicar com amigos próximos.
Contatos virtuais 300
Conhece pessoalmente 150

Um caso à parte

Leo Caldas/Titular

Iara e Raul Zumaêta viviam a 1 600 quilômetros de distância quando se conheceram por meio de uma comunidade do Orkut. A estudante de enfermagem Iara, de 23 anos, era de Goiânia e o bancário Raul, de 24, de Salvador. Depois de um mês de trocas intensas de mensagens pela rede, resolveram oficializar o namoro, para espanto dos pais. Durante três anos, encontraram-se pessoalmente apenas nos feriados. No ano passado, casaram-se e hoje vivem em João Pessoa. "A parte mais difícil de conhecer uma namorada on-line é que você nunca pode ter certeza de que ela é realmente como se apresenta no site", diz Raul. "Eu tive sorte."
Contatos virtuais 450
Conhece pessoalmente 20
Clique na imagem para ampliar
Reportagem de Jacqueline Manfrin e Kalleo Coura

FONTE: VEJA Online


Redes sociais: você ainda está de fora?

Por André Pontes
Cada vez mais em alta no mundo virtual, as redes sociais estão deixando "velhas" ferramentas da internet para trás. De acordo com recente pesquisa do Pew Research Center sobre os hábitos do internauta americano, o e-mail está perdendo popularidade entre os jovens, que usam as redes para conversar.

Em 2004, 89% dos internautas adolescentes usavam o e-mail; cinco anos depois, o número caiu para 73%. Enquanto isso, 65% apostam nas redes, utilizando ferramentas do Messenger, Facebook, Orkut e Twitter para se comunicar.

Para Walter Lima, pós-doutor em comunicação em tecnologia e professor da Faculdade Cásper Libero, de São Paulo, as redes e o e-mail já são ferramentas que se complementam. "São dois sistemas diferentes, que cumprem a mesma função. Na rede social, o internauta quer ser visto e falar com mais pessoas. Já o e-mail, costuma ser mais pontual", diz.

Alfabetização digital - De acordo com dados da consultoria comScore, 85,3% dos brasileiros com mais de 14 anos de idade que acessaram a internet em setembro de 2008 visitaram alguma rede social. No mesmo período do ano anterior, o índice era de 76%. A bancária Maria de Fátima, de 53 anos, conta que utiliza a internet com três objetivos: ler notícias, enviar e-mail e falar com os filhos. "Eu abandonei o celular. Falo com meus filhos pelo Orkut ou MSN. Desta forma não pago ligação e também não atrapalho eles no trabalho e na universidade", diz.
Já Raquel Recuero, professora da Universidade Católica de Pelotas e pesquisadora da área de redes sociais, comunidades virtuais e mídia social, acredita que ferramentas como o Orkut cumprem um papel importante: ajudam os usuários a compreender o funcionamento da internet. "Os mais velhos já estão usando o MSN e o Orkut. Muitos professores estão usando as redes para alfabetizar as pessoas digitalmente. As pessoas se animam, pois percebem que tem outras formas de conversar e fazer amizade", diz Recuero. O Orkut é a rede social mais utilizada no Brasil, com 40 milhões de participantes. Clique aqui para ler mais a respeito.

Ambiente amigável - É justamente a face amigável das redes sociais uma das razões de seu crescimento, na visão do professor Walter Lima. "As pessoas se conhecem por afinidades: sem dividirem o mesmo local, elas podem conversar sobre algo de que todas gostam", explica. Eis um dos grandes segredos de comunidades como o MySpace, que se especializou em música. "Não há banda no mundo que queira fazer sucesso que não lance suas músicas lá."
Não à toa, os nomes de algumas das redes sociais estão entre os termos mais procurados nos sites de busca. No ranking de 2008 do gigante Google, por exemplo, Facebook apareceu em terceiro lugar. Já a lista de medição de audiência da empresa Compete mostrou que o Facebook recebeu 68,5 milhões de visitantes únicos em janeiro de 2009. Ele é seguido pelo MySpace, com 58,5 milhões.

Fonte: VEJA